Para falar do Coral Jerusalém é necessário retroceder décadas. Voltar ao início dos anos sessenta, quando a Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Brasília acabava de ser organizada pelo pastor Francisco Miranda. Faremos isso suscintamente.
Admirador da boa música, e sabedor que era da carência da Igreja, o pastor Francisco Miranda criou o primeiro Coral da Igreja sede, em 21 de abril, data em que foi organizada a Igreja. Uma das primeiras peças a ser ensaiada foi o hino 23 da Harpa Cristã, que tem por título “Glória a Jesus”, e começa assim:
“Cantam os santos com fervor,
A quem por mim foi imolado,
Na cruz sofrendo o meu pecado:
Glória a Jesus, Glória a Jesus,
Glória a Jesus, o Salvador.”
O hino tem cinco estrofes, e quando cantado a quatro vozes, ou em uníssono pela igreja, traz alegria aos corações contritos.
Com o surgimento da congregação da Vila Dimas, surge naquela congregação o Coral Vozes de Sião, que tinha como regente o maestro Gidalte Paulino.
Por um entendimento do Pastor Miranda com o Dirigente da congregação de Vila Dimas, o Presbítero João Batista Corsino, o Coral Vozes de Sião passa a se apresentar às quintas-feiras na igreja sede, sendo que alguns dos participantes do Coral da sede participavam dessas apresentações e nos cultos de Ceia do Senhor.
Desativada a Congregação da Vila Dimas, a maioria de seus membros, incluindo o Coral Vozes de Sião, migra para a Igreja Sede, unindo-se então os dois Corais, incorporando o nome “Coral Vozes de Sião, regido pelo maestro Edvaldo Amaral.
Com a fusão dos dois Coros, mais tarde os componentes acharam que devia haver uma votação para um nome que trouxesse identidade própria ao grupo. Apresentados vários nomes, vence o nome que conhecemos hoje: Coral Jerusalém.
Seria injusto falarmos do Coral Jerusalém e não citarmos pelo menos a maioria dos regentes que participaram deste trabalho que marcou, e continua marcando este ministério até aos dias de hoje. Possivelmente erraremos na cronologia, e por isso pedimos que nos perdoem se algum for esquecido. Lembramos porém que Deus tem no seu registro divino os nomes e o período em que cada um trabalhou nesta causa.
- Pastor Francisco Miranda – o fundador do primeiro Coral da Igreja Sede, a quem fazemos uma homenagem especial como fundador do coral e do ministério Assembleia de Deus de Brasília, na antiga QR 4.
- Irmão Carlos – vindo da Igreja Batista
- Ben-Hur Guimarães
- Arli
- Silas Tavares (interino)
- Célia Marçal Miranda
- Paulo Gonzaga
- Edvaldo Amaral – regente por mais de duas décadas
- Rui – um adolescente que tinha cerca de quinze anos
- Milton Pereira dos Santos – regente por mais de duas décadas
- Elias Miranda
- Ana Paula
- Josué Berto dos Santos Júnior
- Carlos Alberto Júnior
Estudantes de música, os coristas David Márcio Barbosa Reis, Marcos Henrique Barbosa Reis, integrantes do Coral Jerusalém, eram solicitados para auxiliarem na regência.
Também estudante de música, Milton Pereira dos Santos Junior (in memorian), filho do regente Milton, auxiliou o pai na regência do Coral.
Destacamos ainda a participação como pianistas: Hulda Tavares, Sarah Pereira, Milton Jr. E Kellini Valcan. Temos ainda a participação do pianista Eliel Xavier, e como violonista, Luizinho.
O Coral Jerusalém tem uma jornada que percorre mais de 5 décadas e, em todo esse tempo, temos visto a Boa mão do nosso Deus nos conduzindo através de lutas, dificuldades, altos e baixos, mas sempre reconhecendo nosso trabalho e nos abençoando, tanto individual como coletivamente. Os componentes que permanecem no Coral Jerusalém desde a sua formação até hoje são: Daniel Agostinho dos Reis (tenor) e sua mui digna esposa Maria José Barbosa Reis, sendo única remanescente desde a sua criação. (contralto). Outra componente que merece destaque é a irmã Antonia Xavier de Paula (contralto), esposa do Pr Artur Xavier de Paula, pioneiro neste ministério (in memorian), que passou a integrar o Coral Jerusalém logo após Maria José e Daniel Agostinho. Outros componentes da época da fundação que não estão mais em nosso meio, mas que seus nomes jamais serão esquecidos: Irmã Abadia, Martinha Ruas, Silas Tavares, Sebastião (Tião), Rosa Braga, e tantos outros que não caberiam neste breve histórico, mas cujo trabalho está registrado nos céus.
Atualmente a regência está a cargo da maestrina Salma Moraes de Machado.
Taguatinga-DF, 26/05/2015